Tempo para pensar

Olhei-me no espelho e percebi o quanto mudei. Já não tenho mais 18 anos, nem 20, nem 25... Minhas olheiras acusam o quanto me dedico à vida, à minha, sempre. Sonhei com uma estátua, com um pergaminho na mão direita. Ousei perguntar o que aquilo significava. Ninguém me respondeu. Nem poderia. Foi um sonho, e meu ainda por cima. Entender como o mundo gira, e como as pessoas mudam, não são tarefas fáceis. E pensar que não tenho mais 18 anos. Ouço Elis: “nada de triste existe que não se esqueça alguém insiste e fere o coração...”. Ah, esse será meu coro! Esquecemos o que nos deixa triste? Quem insiste em não esquecer, sofre? Confusão de sentidos. Assim estou eu. Continuo a olhar minhas feições e sei que a tendência é piorar, mas não me abalo. Isso é viver. É encarar o mundo, as pessoas, os infortúnios, as perdas, os ganhos. Todos nós precisamos de um tempo para pensar, refletir e sentir como estamos nos saindo nessa árdua tarefa que é viver. O mundo não para. Cazuza dizia que “o tempo não para!”. É preciso ter coragem, ousadia, força de vontade para sobreviver. Talvez eu seja A Lenda, sozinha num mundo sem ninguém, fugindo dos carnívoros seres que roubam almas, a espera da Alice Braga para me salvar. Acho que prefiro continuar com meu pensamento sobre a vida. Ainda tenho muitas coisas para conquistar.

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