O que a SBPC não discutiu

Quem foi à UFAM na semana da SBPC deve ter ficado estarrecido com a quantidade de lixo nas matas da universidade. Não estou questionando o material produzido durante a realização do evento, mas aquele amontoado de papéis, sacos plásticos e copos depositados dentro de algumas trilhas improvisadas. É uma pena que eu não tenha feito algumas fotos para comprovar. Sinceramente, a coordenação da reunião poderia ter feito uma limpeza, afinal, estávamos numa reunião para o progresso da ciência e da cultura na Amazônia. Não sou bióloga, nem ambientalista, mas qualquer pessoa "iletrada" percebeu a falta de respeito com o meio ambiente.
Não estou falando em maquiagem, mas de consideração, não com os visitantes, mas com a própria natureza. Não suporto os discursos ecologicamente corretos, e muito menos a demagogia com que o assunto “preservação ambiental” é abordado. Sou a favor das tarefas domésticas. Sim, aquelas onde o dono da casa dá as ordens ou ele mesmo faz. Tem um ditado que diz: o costume de casa vai à praça. Não estou procurando culpados, apenas tentando inserir no contexto uma idéia simples de conscientização.
Quanto ao evento, foi uma grande oportunidade para os amazonenses poderem ouvir e discutir políticas de cunho tecnológico, cultural e ambiental. Além da programação acadêmica do evento, as exposições esbanjavam informações relevantes à sociedade. Tirando o lixo, a SBPC foi um luxo.